O oráculo dos mistérios celestes, que guia os homens através de seus ensinamentos e sabedoria.
Algumas pessoas, por falta de conhecimento, acreditam que a Ẹ̀sìn Ìbílẹ, Ẹ̀sìn Agbàlayé, Ìṣẹ̀ṣe Làgbà ou Religião Tradicional Yorubá se assemelhe à visão que temos sobre as religiões ocidentais ou às religiões de matriz africana e afro-brasileiras. Infelizmente, o termo “RELIGIÃO” gera uma grande confusão; portanto, vamos esclarecer as diferenças.
A Ẹ̀sìn Ìbílẹ é uma tradição esotérica do povo yorubá, caracterizada por sua natureza iniciática. Trata-se de um compêndio de saberes sociais, econômicos, políticos e religiosos de um povo que existiu e ainda existe na Nigéria e em países vizinhos, mesmo antes da formação geopolítica da Nigéria. Os yorùbá acreditam em Olódùmarè como o único Deus, e em Ọ̀rúnmìlà e outros Òrìṣà como mensageiros de Sua palavra, visando, por meio do autoconhecimento, aprimorar comportamentos e atitudes humanas, além de estabelecer regras de boa convivência.
Sendo uma tradição esotérica, a Ẹ̀sìn Ìbílẹ apresenta poucas semelhanças com diversas religiões ocidentais, incluindo as afro-brasileiras (especialmente aquelas que cultuam Òrìṣà, uma vez que algumas veneram divindades de origens africanas diferentes da yorùbá). Assim, suas práticas ritualísticas têm uma relação quase inexistente com essas religiões. A tradição é composta por seis conjuntos distintos de cultos e rituais, sendo um deles conhecido como Ọ̀rúnmìlà ou “culto a Ifá”. Os outros incluem:
Culto de Òrìṣà (muitos), onde cada um possui seu próprio corpo literário e rituais específicos.
Culto de Egúngún (ancestrais).
Culto de Ìyàmi (as energias femininas).
Culto de Orò.
Culto de Ẹdan/Ògbóni.
O objetivo das iniciações é permitir o estudo de seus rituais, filosofias e capacitar suas práticas, já que apenas os iniciados podem realizar integralmente esses rituais, exceto aqueles de natureza pessoal.
Além disso, as iniciações visam fornecer informações sobre o iniciado e sua vida, possibilitando que ele, através do autoconhecimento, se torne uma pessoa melhor, ética e moralmente.
Outro objetivo das iniciações, resultante da dedicação nos estudos do iniciado e de sua habilidade nos rituais, bem como da aceitação de seu destino, é formar “Sacerdotes.” No entanto, nem todos os iniciados se tornarão praticantes do sacerdócio; muitos serão introduzidos aos rituais, mas sem a capacitação necessária para realizar atendimentos, consultas, Ẹbọ ou novas iniciações.
Os Sacerdotes serão aqueles que adquirirem conhecimento suficiente e receberem o reconhecimento de seus iniciadores ou orientadores, permitindo-lhes realizar práticas ritualísticas, como atendimentos e consultas, a realização de Ẹbọ e até promover novas iniciações. Além disso, conseguirão sustentar-se através dessas práticas, pois um sacerdote raramente será hábil em sua função se tiver outra atividade profissional, devido ao tempo exigido para sua formação e capacitação.
Orumilá, também conhecido como Ifá ou Ifá-Orumilá, é a divindade oracular reverenciada pelos iorubás por sua vasta sabedoria. As expressões Ifá-Orumilá e Orumilá referem-se à divindade, enquanto Ifá designa tanto a divindade quanto o sistema divinatório associado a ela.
O nome Òrúnmìlà é uma contração de órun-l’ó-mo-à-ti-là (somente o céu conhece os meios de libertação) ou órun-mo-olà (somente o céu pode libertar). Já Ifá deriva da raiz fa (acumular, abraçar, conter), indicando que todo o conhecimento tradicional iorubá está contido no corpus literário de Ifá, conhecido como Odù Corpus.
Os principais símbolos de Ifá incluem:
ikin (sementes de palmeira)
òpèlè (corrente divinatória, utilizada exclusivamente por sacerdotes, composta por oito metades da semente sagrada de mesmo nome)
óta (pedra de assentamento)
ìrùkèrè (cauda de animal, que após um preparo artesanal e mágico, é utilizada por sacerdotes e reis como símbolo de realeza e poder)
obi
orobô
búzios
pedaços de presa de elefante gravados
Esses objetos são guardados em um receptáculo que deve ser colocado em um local elevado, seja em um canto ou no centro do ambiente. Além disso, colares e pulseiras são confeccionados alternando contas em cores verde e marrom.
Para guiar aqueles que o buscam, o sacerdote de Ifá, conhecido como bàbáláwo (babalaô, pai do segredo), recorre ao Odù Corpus, um vasto conjunto de conhecimentos esotéricos e registros históricos da antiga tradição iorubá. Ele utiliza sementes de ikin ou a corrente òpèlè, cuja configuração geomântica se relaciona com um dos 256 odus presentes nesse corpus, onde os itan (narrativas míticas) traçam analogias entre as situações dos personagens e a trajetória de vida do consulente.
Compreensão Universal: Ifá abrange todos os idiomas da terra, permitindo que ofereça conselhos a todos os seres humanos, sem exceção.
Sabedoria Ancestral: O corpus literário de Ifá preserva a história dos orixás e ensina sobre curas com o uso de ervas. Portanto, seus sacerdotes precisam dominar não apenas a prática divinatória, mas também o preparo de remédios.
Orumilá, a divindade da sabedoria, tem como irmão mais novo Ossaim, a divindade da cura, cuja ajuda é invocada desde os tempos antigos. No jogo oracular, Exu é uma divindade de particular importância, devido à sua relação estreita de amizade com Ifá.
Indivíduos de diversas origens têm buscado iniciações em Ifá, tanto na África quanto nos países da diáspora. Esta prática é extremamente recomendada, pois essa iniciação, em especial, representa a entrada formal na Religião Tradicional Iorubá. Além disso, nesse contexto, revela-se o odu de nascimento de cada pessoa, que indica seu destino na Terra.
As diretrizes que o babalaô segue incluem a proibição de se aproveitar de suas próprias prerrogativas. Devido ao seu extenso e profundo conhecimento, ele é procurado por muitas pessoas, algumas delas em momentos de crise, fragilizadas pelas adversidades que enfrentam e desesperadas para escapar de um sofrimento que querem deixar para trás a qualquer custo – o que pode gerar abuso de poder. No entanto, ele é advertido a não agir em benefício próprio. Compreende-se que o verdadeiro privilégio e a verdadeira riqueza do sacerdote de Orumilá estão na oportunidade de servir a ele.
Eni to ba puro
Iro a pa
Eni ti o ba seke
Eke a ke won lowo
A ke wån lese
A ti won si gburugburu ona oun
Awon lo se ifa fun ajangurumale
Ti nse oluwo lode orun
Gbogbo eni ti o ba
Nfi suru pe suru
Ajangurumale ifa
Ni yoo ja won sorun
Gbogbo eni ti o ba
Nfi suru pe suru
Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun
E ma fi oku pe aye
E ma fi aye pe oku
Eni ti o ba fi oku pe aye
Eni ti o ba fi aye pe oku
Ajangurumale ifa ni yoo ja won sorun
Ajangurumale
E ma fi abiyamo pe agan
E ma fi agan pe oyibi
Eni ti o ba fi abiyamo pe agan
Ti o fi agan pe oyibi
Ajangurumale, ifa ni yoo ja won sorun.
Tradução:
Aquele que mente será destruído pela mentira
Aquele que provoca discórdia será destruído pela discórdia.
A falsidade despojará o falso da força vital de que dispõe. A falsidade destruirá os falsos.
Foram eles que adivinharam para Ajagunmale (Ifá), sábio supremo no orun.
Todos aqueles que trocam a verdade pela mentira serão levados para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem o morto de vivo, nem chamem o vivo de morto
Quem chama o morto de vivo ou chama o vivo de morto será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem uma mulher fértil de estéril, nem chamem uma mulher estéril de fértil
Quem chama uma mulher fértil de estéril ou chama uma mulher estéril de fértil será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Não chamem o preto de branco, nem chamem o branco de preto
Quem chama o preto de branco ou chama o branco de preto, será levado para o orun por Ajagunmale (Ifá)
Orunmilá diz que prefere matar o babalaô que mente para quem o procura em busca da verdade e colocar em seu lugar um homem ignorante a respeito da complexa sabedoria de Ifá
Orunmilá prefere um homem que não conhece a sabedoria de Ifá do que um grande conhecedor dessa sabedoria que seja falso e mentiroso.
Ení da ilẹ̀ á bá ilẹ̀ lọ
A d’ífá fún àgbààgbà mẹ́rìndínlógún
Wọ́n nrelé Ifẹ̀ wọ́n nlo rèé toró ógbó
Àwọn lè gbó àwọn lè to bi Olódùmarè tí rán wọn ni wọ́n dá Ifá si
Wọ́n ní wọ́n a gbó, wọ́n a tọ́ ṣùgbón kí wọ́n pa ìkìlọ̀ mọ́
Ifá ní:
1) wọ́n ní kí wọ́n ma fi èsúrú pe èsúrú
2) wọ́n ní kí wọ́n ma fi èsúrú pe èsúrú
3) wọ́ní kí wọ́n ma fi odídẹ pe òòdẹ̀
4) wọ́n ní kí wọ́n ma fi ewé Ìrókò pe ewé Oriro
5) wọ́ní kí wọ́n ma fi àimòwè bá wọn dé odò
6) wọ́n ní kí wọ́n ma fi àìlókó bá wọn ké háin-háin
7) wọ́n ní kí wọ́n ma gba ọnà èbùrú wọ’lé Àkàlà
8) wọ́n ní kí wọ́n ma fi ìkóòdẹ̀ nu ìdí
9) wọ́n ní kí wọ́n ma su sí epo
10) wọ́n ní kí wọ́n ma tò sí àfò
11) wọ́n ní kí wọ́n ma gba òpá l’ọ́wọ́ afọ́jú
12) wọ́n ní kí wọ́n ma gba òpá l’ọ́wọ́ ògbó
13) wọ́n ní kí wọ́n ma gba obìnrin ògbóni
14) wọ́n ní kí wọ́n ma gba obìnrin òré
15) wọ́n ní kí wọ́n ma s’ọ̀rọ̀ ìmùlẹ̀ l’ẹ́hìn
16) wọ́n ní kí wọ́n ma sàn-án ìbàntẹ̀ awo
Wọ́n dé’lé ayé tán ohun tí wọ́n ní kí wọ́n má ṣe wọ́n nṣe
Wọ́n wá bẹ̀rẹ̀ síí kú
Wọ́n fí igbe ta, wẹ̀n ní Òrúnmìlà npa wọ́n
Ọ̀rúnmìlà ní òun kọ́ l’óún npa wọ́n
Ọ̀rúnmìlà ní àìpa ìkìlọ̀ mó o wọn ló npa wọ́n
Àgbà rẹ d’owó rẹ.
Tradução e Interpretação:
Muitos andam pela vida sem rumo e acabam indo buscar os conselhos de Ifá. Este era o caso dos ancestrais que buscaram cobrar de Ifá a promessa feita por Olódùmarè (Deus), que dava a eles uma vida longa.
1º – Não digam o que não sabem (èsúrú pode ser tanto uma conta sagrada como um nome de uma pessoa).
(Um sacerdote não deve iludir seu semelhante ao prometer conhecimentos que não possui. Nunca deve afirmar o que não sabe, ou seja, transmitir ensinamentos errôneos ou que não foram passados por seus mestres e anciãos, ou adquiridos de maneira legítima. O verdadeiro conhecimento é essencial para a prática da religião.
Aqueles que abusam da confiança alheia, enganando e manipulando por meio da ignorância religiosa, enfrentarão sérias consequências por suas ações. A natureza se encarregará de cobrar os erros cometidos.)
2º – Não façam ritos que não saibam fazer (novamente avisa: não troquem a conta sagrada pelo nome).
A Importância da Investidura e Conhecimento nos Rituais.
(Não é possível realizar rituais sem a devida investidura e um conhecimento fundamental para sua execução. Considerar todos indiscriminadamente como aptos para a missão sacerdotal é uma inverdade, ou pior, uma manipulação de interesses. Assim como nem todas as contas são adequadas para compor um colar divino (como as contas sagradas), nem todos os seres humanos nasceram destinados à prática sacerdotal.
Para assumir o papel de sacerdote, são necessários diversos atributos – éticos, morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais. A simples iniciação de um indivíduo que carece desses atributos essenciais não o qualifica como um sacerdote legítimo. A má interpretação e a desconsideração desse princípio resultam na proliferação de maus sacerdotes nos dias de hoje. É importante notar a distinção entre “ser sacerdote” e “estar sacerdote”. Aqueles que se submetem à iniciação apenas para obter o status de sacerdote nunca serão verdadeiros sacerdotes. Estarão sacerdotes, ocupando um cargo adquirido pela iniciação, mas não serão sacerdotes na verdadeira acepção do termo, que envolve vocação, dedicação, espiritualidade e desprendimento. Portanto, cabe ao sacerdote que inicia o neófito consultar Ifá com critério para determinar se o noviço realmente merece o sacerdócio.)
3º – Não enganem as pessoas.
O Papel do Sacerdote na Orientação
(O sacerdote deve sempre evitar desviar as pessoas, oferecendo maus conselhos e orientações equivocadas. É inaceitável que um sacerdote use seu poder e conhecimento religioso para induzir ao erro aqueles que estão ao seu redor, em benefício próprio. Ao agir dessa forma, ele se assemelha a aves noturnas que, nas sombras, satisfazem suas necessidades às custas do sacrifício e do esforço alheio. Oferecer maus conselhos e orientações erradas expõe as pessoas a perigos causados por energias malignas e descontroladas.
Uma das funções mais importantes do sacerdote é guiar seu discípulo, conduzindo-o pelo caminho certo, rumo à felicidade, de acordo com os ditames de seu destino pessoal e dos ancestrais protetores.
Aqueles que se aproximam de Ọ̀rúnmìlà em busca de soluções devem receber uma orientação correta por parte do sacerdote, independentemente de interesses pessoais. A pessoa que busca resolver um problema deve encontrar soluções genuínas, e não ser sobrecarregada com complicações criadas artificialmente, que visem proporcionar vantagens financeiras ou possibilidades de abusos sexuais ao sacerdote.)
4º – Não conduzam as pessoas a uma vida falsa (mostrando a folha de ìrókò e dizendo que é folha de oriro).
A Importância da Observância dos Preceitos Religiosos
(Tudo deve ser realizado em conformidade com os ditames e preceitos da religião. A troca de uma simples folha pode anular um grande ritual, assim como as folhas do Àràbà não são equivalentes às folhas de Akókò.
O sacerdote, em nenhuma circunstância, deve recorrer a recursos fraudulentos, fornecendo itens sem validade. Os procedimentos litúrgicos precisam ser seguidos à risca, e ninguém tem o direito de trocar “isto” por “aquilo”, especialmente quando a solução está em “aquilo”.
Aquele que emprega meios desonestos e enganosos contra seus semelhantes comete o crime de abuso de confiança. Usar artifícios e mentiras contra pessoas inocentes e de bom coração gera o descontentamento de Òrúnmìlá e a ira de Èṣù.
“Ọ̀rúnmìlà é aquele que nos observa com amor; não devemos fazer nada que possa nos fazer merecer seu desprezo.”)
5º – Não queiram ser uma coisa que vocês não são.
(O conhecimento é essencial para aqueles que desejam agir. Para isso, é necessário ter poder, que somente o saber pode conceder. Um sacerdote não pode realizar liturgias para as quais não foi habilitado por meio de um processo iniciático, ou cuja prática não compreende ou domina apenas em parte. Ele não deve exibir uma sabedoria que na verdade não possui. Buscar o saber não é degradante; ao contrário, eleva o ser humano. O conhecimento é uma condição fundamental para que se possa agir. Além disso, cada ritual deve ser realizado de forma integral e com total legitimidade. Caso haja incertezas sobre algum procedimento, é imprescindível pesquisar a fundo sobre ele.
É responsabilidade do sacerdote ensinar tudo o que sabe àqueles que o cercam e confiam nele. A omissão de ensinamentos corretos e completos resulta na responsabilidade pela prática do suicídio cultural. Da mesma forma, buscar orientação de quem tem conhecimento não é humilhante; pelo contrário, enriquece tanto quem busca quanto quem oferece a orientação. A verdadeira sabedoria reside na conscientização da própria ignorância. Não existe ser humano neste mundo que possua todo o conhecimento!)
6º – Não sejam orgulhosos e egocêntricos.
(Humildade e desprendimento são qualidades essenciais para um autêntico sacerdote. Um sacerdote não deve se deixar levar pela vaidade de seus poderes; ele deve estar ciente deles e agir com a intenção de servir, não apenas para seu próprio benefício. A vaidade transforma o homem fraco de espírito em um pavão, que se orgulha de exibir sua plumagem deslumbrante, sem perceber que essa beleza atrai a atenção de outros e pode levar à sua ruína. Em um Ifádù (caminho de Ifá), encontramos histórias que falam sobre o exibicionismo do pavão, que, ao ostentar sua beleza, atrai olhares curiosos, mas acaba sendo sacrificado, e suas penas se tornam belos leques e adornos.)
7º – Não busquem o conselho de Ifá com más intenções ou falsidade (Àkàlà é um título usado para Ọ̀rúnmìlà).
(A iniciação deve ser guiada unicamente por interesses religiosos. As verdadeiras intenções do iniciando precisam ser tão claras quanto água pura, livres de qualquer meta que não seja servir à humanidade. Buscar a iniciação no culto por vaidade, em busca de status social ou para exibir títulos sacerdotais é uma profanação do sagrado. Aqueles que desrespeitam o sagrado, lar das divindades, motivados por qualquer razão, sofrerão severas consequências pelo sacrilégio cometido.)
8º – Não rompam (não mudem) ou revelem os ritos sagrados, fazendo mau uso deles.
(Os fundamentos sagrados não devem ser utilizados para propósitos fúteis. Os tabus precisam ser rigorosamente respeitados, sob pena de consequências severas. O sacerdote deve aceitar com disposição as restrições impostas por seu Odù. A adesão a essas normas está diretamente relacionada à submissão às divindades adoradas. A obediência plena às diretrizes de Ifá leva o ser humano à plenitude das bênçãos. Usar os conhecimentos sagrados de maneira irresponsável é equivalente a profanar o que é sagrado.)
9º – Não sujem os objetos sagrados com as impurezas dos Homens, busquem nos ritos sagrados somente coisas boas.
10º – Os templos devem ser lugares puros, de onde a sujeira do caráter humano deve ser lavada.
11º – Não desrespeitem ou inferiorizem os que têm maior dificuldade de assimilar conhecimentos ou deficiências no caráter, ajude-os a mudar.
12º – Não desrespeitem os mais velhos, a sabedoria está com eles, a vida os fez aprender.
13º – Não desrespeitem as linhas de condutas morais.
14º – Nunca traiam a confiança de seu semelhante.
15º – Nunca revelem segredos que lhe são confiados; falar pouco e somente o necessário demonstra sabedoria.
16º – Respeitem os que possuem cargos de responsabilidade maior; o Babaláwo é um Pai, portanto, é devido grande respeito a ele.